terça-feira, 2 de dezembro de 2014

GEOGRAFIA DO CEARÁ

CARACTERÍSTICAS GERAIS.
Superfície – 149.348Km²
-1,74% do território nacional
-4º maior estado do Nordeste
- 17º do pais em extensão territorial
- 538Km de Extensão litorânea.
- Limites: Leste- PB e RN/ Sul-PE/ Oeste–PI
 -População Brasileira 190.732.694
 – População do Ceará - 8.448,711 hab. -
Densidade: 56,76 hab/Km² - 184 municípios.
- Climas – Tropical e semi-árido

 RELEVO:
 - Cinco categorias morfológicas: -
PEDIPLANO – Dominante, vasta planura, levemente ondulada.
SERRAS – Rochas cristalinas antigas- Uruberetama, Meruoca e Baturité (1.115m). -
CHAPADAS – Elevações tabulares – terrenos sedimentares horizontais ou ligeiramente inclinada. as mais importantes: Nordeste – Apodi / Sul Araripe / Oeste - Ibiapaba -
TABULEIRO LITORÂNEO – Formação Arenítica – costa litorânea e longo dos Rios. -
PLANÍCIES ALUVIAIS(VÁRZEA).- Sujeito a inundações que lhes renovam periodicamente os solo - Declividade das serras favorece a EROSÃO. Os solos das chapadas em geral são pobres.

 2 – SERRAS CARACTERÍSTICAS
 - Predominam altitudes inferiores a 200 metros - Mas há áreas que se estendem a partir de 400 metros até o ponto culminante do Estado - Pico Alto, no município de Guaramiranga, com 1.114 metros de altitude. Nessas áreas, ocorrem: 1. Formações montanhosas 2. Colinas de vales aplainados utilizados para lavoura 3. Encostas em forma de abismo 4. Nascentes de rios, cachoeiras, cascatas, bicas, pequenas barragens 5. Grutas

 CARIRI
 - Planalto situado na Chapada do Araripe, que atinge um nível de altitude de 900 metros. - As vertentes apresentam escarpas abruptas de onde jorram abundantes mananciais, tais como: a fonte do Itaitera, a do Granjeiro, que banha a cidade do Crato, as pequenas fontes do Miranda e da Ponte, a do Salamanca ou Caldas - a única estância hidromineral do Estado, a do Farias, a de São José, perto do Araripe, acentuadamente termal (geotérmica), a do Cravatá, em Jardim. - No sopé da serra, estende-se uma faixa estreita de calcário, que torna a terra bastante fértil.

 CHAPADA DA IBIAPABA.
 Entre as fontes e quedas d'água encontradas, as mais importantes são a da Bica, no município de Ipu, cujas águas lançam-se do Pico Angelin (Serra da Amontada a 130 m de altitude - a Bica do Ipu), a cachoeira do Boi Morto, no rio Jaburu, localizado no município de Ubajara, e as quedas d'água do rio Pirangi.

SERRA DE BATURITÉ É coberta pela bacia hidrográfica Pacoti - Choró - Pirangi que atinge altitudes superiores a 600 metros. Nesta região as fontes e quedas d'água são mais abundantes nas imediações das cidades de Maranguape, Pacatuba, Redenção, Baturité e Guaramiranga. As quedas d'água mais notáveis encontradas nesta bacia são as do Oratório e Paracupeba.

SERTÕES
CARACTERÍSTICAS: - Ocupa cerca de 57% do território cearense - O período seco tem duração de 6,7 ou 8 meses e as médias térmicas máximas registradas situam-se entre 32 e 33º C e a média das mínimas em 23ºC durante as noites. Dada a baixa umidade (inferior a 70%) a amplitude térmica é mais elevada. Em Santa Quitéria, Sobral, Independência, Araripe e Tauá (Nordeste e Sudoeste) encontram-se as médias térmicas mais elevadas do Estado. - Concorre para a rigorosidade do clima na região do sertão, sua localização no centro do Estado, circundada pelas chapadas da Ibiapaba, Cariri e Apodi, com depressões abrigadas dos ventos que se dirigem ao interior. - A topografia sertaneja apresenta planícies formando as depressões dos cursos dos rios Jaguaribe, Acaraú e Coreaú, os pés-de-serra, serrotes e serras que não atingem 600 metros. Intensa vida agrícola nos pés-de-serra, destacando-se a periferia da chapada do Araripe, da serra de Baturité, Uruburetama, Meruoca, Rosário e Ibiapaba. Destaque para a serra do Estevão, situada nos sertões de Quixadá, com clima ameno e um relevo que assume feição singular formando o acidente conhecido por "Pedra da Galinha Choca

SOLO
– Em geral rasos mais com boa composição química. FATORES: Limitações de ordem topográfica, altitude, inundação, drenagem, fertilidade, salinização e textura. Uso da agricultura deficiência pela falta de umidade.

CLIMA;
 Chuvas irregulares e má distribuída. 3 Zonas distintas: SERTÃO onde a pluviosidade varia entre 550 e 850mm anuais (Irauçuba e região dos Inhamuns). SERRAS áreas mais pluviosas precipitação superior a 1.000mm(Ibiapaba e Baturité). LITORAL onde amédia vai de 1000 a 1350mm anuais
.
HIDROGRAFIA
 O Nordeste semi-árido (Sertão) e o Ceará só Aproveitam 8% das chuvas caídas para alimentar nossos rios, lagos, açudes etc. - Evaporação e evapotranspiração levam 92% das águas caídas. - As bacias hidrográficas são: *Bacia do Jaguaribe *Bacia do Acaraú *Bacia do Curú *Bacia do Coreaú *Bacia do Parnaíba *Bacia Litorânea *bacia Metropolitana Açudes: 7.227 unidades Açudes principais: Orós, Pentecoste, Pereira de Miranda, Arrojado Lisboa, General Sampaio.

AÇUDE DO CASTANHÃO: Abrange os municípios de Alto Santo, Jaguaribara, Jaguaretama e Jaguaribe, concluído em dezembro de 2002, tem capacidade máxima de 6,7 bilhões de metros cúbicos d'água. Além de proporcionar o desenvolvimento hidroagrícola, reforça o abastecimento da grande Fortaleza e controla as enchentes do baixo Jaguaribe. Também viabiliza a produção de pescado do Estado, bem como a instalação de um pólo turístico na região, com perspectivas de criação de empregos... Localiza-se a poucos quilômetros da BR 116, que liga o Ceará aos estdos do sul do País, a 250km da Região Metropolitano de Fortaleza.

VEGETAÇÃO FLORESTAS – nas encostas das serras e sopé de chapadas CERRADO – arvores baixas e retorcidas, recobrindo o topo plano da chapada. As serra e as bases das chapadas- Tropical. Predominância da CAATINGA – 91% da superfície estadual. Modificada pelo homem – plantações de algodão ou pastagens. LITORAL Da Praia de Bitupitá (extremo oeste) até Icapuí (extremo leste) – 573 km de costa - Costa retilínea, quebrada apenas por pequenas enseadas e pelos estuários dos rios - Dunas extensas, alternadas por falésias - Praias longas, em suave declive, ora primitivas, ora com razoável infra-estrutura e equipamentos de apoio ao turismo, ensobradas por coqueiros onde se abrigam as inúmeras colônias de pescadores.

 POPULAÇÃO E REDE URBANA: Regiões de pediplano com baixa pluviosidade – menos de 20%hab/Km² Duas com níveis demográficos elevados: 1°-Todo o norte estendendo ao Sul com o Piauí a Crateús, além do litoral. Principais centros urbanos - Fortaleza e sobral . 2°- Sudeste – sopé da chapada do Araripe / Zona serrana. Principais centros urbanos – Juazeiro do Norte e Crato.

AGRICULTURA E PECUÁRIA: - 75% da população ativa no setor agropecuário. - Lavoura comercial e de subsistencia. -Cultivo do Algodão Arbóreo ocupa grande parte da área agrícola - mamona(pediplano). -Nas várzeas dos rios(Jaguaribe,Banabuiu e Acaraú)cultivo de cana,arroz, milho, feijão e Algodão. -Encostas de Serras- chuva de relevo – cana,café, arvóres frutíferas etc. -Predominio da pecuária extensiva. -Ceara possui maior rebanho bovino do Nordeste.

 INDUSTRIA -Principais ramos industriais: Têxtil, Alimentícios, químicos, metalúrgicos e transformações de minerais não metálicos. -Centros industriais secundários – Cidades de Sobral, Crato e Juazeiro do Norte.Minerais – Gipsita e Sal. -Vegetais – Carnaúba, Castanha de caju e lenha. - Ceará é o maior produtor nacional de pescado...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Diferença entre clima e tempo atmosférico


Objetivos da aula
1) Conhecer as diferenças entre clima e tempo atmosférico;
2) Compreender a dinâmica atmosférica da Terra e como o homem interfere nela;
3) Associar o clima a outros fenômenos, como altitude, relevo, maritimidade, continentalidade, densidade vegetal e evapotranspiração. Relacioná-los a fatores climáticos como temperatura, pressão e umidade, criando uma visão articulada entre os elementos e fenômenos que formam o meio ambiente;
4) Analisar como os diferentes tipos de clima interferem na opção por certas atividades econômicas e quais impactos sociais estão relacionados à dinâmica climática (enchentes, secas, desabamentos, etc.);
5) Determinar a relação entre determinadas ações humanas e mudanças climáticas em diferentes escalas. Exemplos: represas artificiais podem alterar o microclima local ou regional; a emissão de gases que provocam o efeito estufa (CFCs, metano e gás carbônico), através da queima de combustíveis fósseis, provoca o aumento da temperatura global, acelera o degelo das calotas polares e aumenta do nível do mar.


Olá pessoal, hoje o nosso assunto de estudo é climatologia mas, precisamente clima e tempo  atmosférico.
O primeiro aspecto que você precisa entender sobre a ideia de clima é que esse é diferente de tempo atmosférico
Clima Tempo atmosférico
Bem pessoal! Antes de saber o que é clima. Você precisa entender o que é tempo atmosférico
PRESTE ATENÇÃO:
Quando você diz o dia ou a noite está nublado, ensolarado, quente ou frio etc.. em um determinado momento. Estamos nos referindo ao tempo atmosférico. Certo???

Então o que é que vem a ser o tempo?
Conceituando:  
Tempo é o conjunto de valores (de temperatura, de pressão, de umidade e da precipitação) que, em um dado momento e em um certo lugar, caracterizam o estado momentaneo atmosférico de um determinado lugar (isto é, naquele momento específico).

Vejamos o mapa


Tempo corresponde ao estado da atmosfera num determinado momento, ou seja, é como se fosse uma “fotografia” da atmosfera, pela qual se percebem as condições meteorológicas, por exemplo: nublado e não nublado.
Exemplificando:
- Se está fazendo sol ou não
- Se está nublado ou não
- Fazendo calor ou não

É só isso pessoal!!! Não tem que complicar nada! OK?


E o que é o CLIMA??
Conceituando
CLIMA é a sucessão dos tempos atmosféricos que são estudados pelos especialistas da climatologia “os climatólogos” onde o tempo atmosférico que predominar num período de 30 anos de estudo (observação) é que vai caracterizar o clima do lugar que pode ser quente, frio nesse período de estudo (observação).

Uo seja, o clima corresponde à sequência habitual de tempos. Por exemplo, no Brasil predominam o verão chuvoso e o inverno seco, formando o clima tropical continental. Portanto, o clima é mais duradouro ou permanente e não muda constantemente como o tempo. 


Certo???
Agora como é que se chega a determinação do clima de um lugar:

Bem pessoal!! Essa determinação é dada por médias mensais e anuais das condições atmosféricas estudadas (observadas) num período de 30 anos no mínimo, levando em consideração:
   - nível de precipitação
   - nível de temperatura
  - vento (pressão)
  - umidade (massa de ar).




O tempo e clima
Geralmente as pessoas utilizam as palavras clima e tempo como sinônimas, porém tais empregos ocorrem de forma incorreta, pois cada palavra representa um significado distinto, ou seja, são diferentes. O tempo refere-se ao estado momentâneo que ocorre em um determinado local a partir do ar atmosférico que pode ocorrer de maneira lenta ou rápida. Em diferença, o clima refere-se ao conjunto de condições atmosféricas que ocorrem em determinados locais deforma marcante. Dessa forma, pode-se simplificar dizendo que o clima é a junção dos tipos de tempo que ocorrem em uma determinada região, tornando-se uma característica da mesma. O tempo pode mudar de uma hora pra outra e modificar diversas vezes em um só dia: de manhã o céu está claro ausente de nuvens, ao meio-dia o céu já apresenta poucas nuvens, às 14: 00 o céu está completamente coberto por nuvens, porém às 16:00 as nuvens se dissipam e o dia se torna abafado.As condições do tempo e as características do clima conseguem influenciar em toda a rotina humana, pois existem atividades que somente são realizadas em um determinado tempo com distintas características climáticas, ou seja, não é possível realizar algumas atividades se o tempo e o clima não estiverem propensos para tal

1)Observe o mapa abaixo e responda.

 
a) Veja o mapa acima e diga quais as cidades com previsão de tempo chuvoso. ______________________________________________________________________________________________________________________ 


b) Qual a cidade segundo a previsão do tempo acima com a previsão de temperatura máxima. ____________________________________________ 
c) Cidade com a previsão de temperatura mínima. _______________________________
d) Responda: os dados apresentados no mapa referem-se ao tempo ou ao clima?Justifique. ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________ 
2) como são as mudanças de temperatura durante o ano no lugar onde vocêvive?__________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  ______________________________________________________________________  __________________________________________ 
3)Coloque V nas frases verdadeiras e F nas falsas.
( ) o clima pode mudar várias vezes ao dia.
( ) a previsão do tempo é feita pelos meteorologistas.
( ) para que possamos definir o clima de uma região faz-se necessária a observação das características das condições atmosféricas desse lugar, num longo espaço de tempo
 
O que é clima?

NOÇÕES PRELIMINARES 
 
O clima de um lugar é determinado pelos elementos e fatores climáticos. Os elementos agem diretamente sobre o clima. São eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de precipitação), a umidade do ar, os ventos e a pressão atmosférica. Esses elementos sofrem alterações devido à ação dos fatores climáticos, dentre os quais podemos destacar a latitude, a altitude, as correntes marítimas, a continentalidade, vegetação e o relevo.
Da atuação dos fatores sobre os elementos climáticos resulta o tempo, que é a combinação momentânea dos elementos do clima.
Para se determinar o clima de um lugar qualquer, deve-se analisar as variações do tempo nesse local e qual a sua sucessão habitual, resultante da atuação dos fatores sobre os elementos do clima.
Sendo assim, pode-se aceitar como conceito de clima a definição de Max Sorre. “Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre”.


a) ELEMENTOS DO CLIMA
Temperatura – As temperaturas não são iguais em toda a superfície terrestre. Em geral, variam em função da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.
Precipitação    A precipitação varia principalmente em função da latitude e da maritimidade e continentalidade.
Pressão Atmosférica    A pressão atmosférica não é igual em todo o planeta. As diferenças de pressão atmosférica ocorrem porque a Terra recebe quantidades desiguais de radiação solar. A pressão atmosférica exerce grande influência nos tipos de clima. A diferença de pressão dá origem aos ventos e, em última análise, à circulação geral da atmosfera.
O vento é o ar em movimento. São as diferenças de pressão atmosférica, como mencionando, que explicam esse movimento, que ocorre principalmente na horizontal, isto é, de uma área para outra. Mas esse movimento também pode ser vertical, ou seja, da superfície, onde o ar é mais aquecido, para altitudes mais elevadas.

b) FATORES DO CLIMA
- Latitudes- A temperatura varia na razão inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa for a latitude, mais elevada será a temperatura.
- Altitude- A temperatura também varia na razão inversa da altitude. Assim, quanto maior a altitude, menor a temperatura do ar atmosférico.
- Massas de Ar - As variações do tempo atmosférico, que podem ser normalmente muito bruscas num único dia ou em períodos mais longos, são causadas pelo deslocamento das massas de ar. Apesar de as massas de ar se localizar numa imensa região oceânica ou continental, elas se movimentam, entra em choque e empurram umas às outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua área de origem, ela leva consigo, suas características originais (umidade, temperatura). É por isso que massas de ar úmidas tendem a provocar chuvas nas áreas que atingem em seu deslocamento. E massas de ar frias costumam provocar queda de temperatura nas áreas para onde se deslocam.
- Continentalidade/Maritimidade- As áreas próximas ao mar apresentam, em geral, amplitude térmica pequena, ou seja, sofrem pequenas variações de temperatura. Já as áreas localizadas no interior do continente, onde a influência marítima é menor, apresentam oscilações de temperatura bem mais acentuadas. Cidades com latitudes iguais ou muito próximas, situadas no litoral e no interior dos continentes, apresentam amplitudes térmicas bastante diferenciadas.
- Correntes Marítimas - São grandes massas de água que se deslocam pelo oceano com condições próprias de temperatura, salinidade e pressão. Possuem  grande influência no clima, além de favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro de correntes quentes e frias, nas quais há a ressurgência de plâncton.
Vegetação – As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas (evapotranspiração). Além disso, a vegetação impede que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície. Assim, com o desmatamento, há uma grande diminuição da umidade e, portanto, das chuvas, além de um aumento significativo das temperaturas médias.
Relevo – Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo também influi na temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Por exemplo, no Brasil, a disposição longitudinal das serras no Centro-Sul do país formam um “corredor” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a circulação da massa tropical atlântica.
 

 
 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

TEORIAS POPULACIONAIS.

Teoria Malthusiana

A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população.
Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).
Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.
Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.
Naquela época, a obra fez muito sucesso, mas hoje suas idéias são consideradas ultrapassadas pela maioria dos estudiosos. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas redistribuindo a riqueza produzida no mundo.
Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus.

Teoria Neomalthusiana

É uma teoria que começa a se desenvolver nas primeiras décadas do século 20, baseada no pensamento de Malthus, razão pela qual passou a ser denominada de neomalthusiana.
O neomalthusianismo somente se firmou entre os estudiosos da demografia após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em função da explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos. Esse fenômeno foi provocado pela disseminação, nos países subdesenvolvidos, das melhorias ligadas ao desenvolvimento da medicina, o que diminuiu a mortalidade sem, no entanto, que a natalidade declinasse.
Os neomalthusianos analisam essa aceleração populacional segundo uma ótica alarmista e catastrófica, argumentando que, se esse crescimento não for impedido, os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.
Para conter o avanço populacional, esses teóricos utilizam várias propostas, principalmente a da adoção de políticas visando o controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de Planejamento Familiar.
Algumas medidas adotadas por entidades mundiais (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF, entre outros) nos países subdesenvolvidos, ajustadas a cada população, são exemplos de políticas de controle de natalidade: esterilização em massa de populações pobres (como foi feito na Índia e na Colômbia); distribuição gratuita de anticoncepcionais; assistência médica para uso de dispositivos intrauterinos (DIUs); divulgação de um modelo de família bem-sucedida, com no máximo dois filhos, em programas de televisão, na publicidade e no cinema.

Teoria Reformista

As idéias básicas desta teoria são todas contrárias às de Malthus: sua principal afirmação nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza. Para os reformistas, é a pobreza que gera a superpopulação.
De acordo com a teoria reformista, se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional. Portanto, é exatamente a falta dessas condições o que acarreta o crescimento desenfreado da população.
Neste caso, é necessário explicar a origem da pobreza: os reformistas atribuem sua origem à má divisão de renda na sociedade, ocasionada, sobretudo, pela exploração a que os países desenvolvidos submetem os países subdesenvolvidos. Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza - e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.
Outra crítica dos estudiosos reformistas aos malthusianos diz respeito ao crescimento da produção. Como vimos, para Malthus esta crescia em ritmo inferior ao da população. Para os reformistas, contudo, isso também não é verdadeiro, pois, com o início da revolução industrial e a consequente revolução tecnológica, tanto a agricultura quanto a indústria aumentaram sua capacidade produtiva, resolvendo, dessa forma, o problema da produção.
Os reformistas defendem que os governos deveriam implantar uma política de reformas sociais - na tecnologia, para aumentar a produção e resolver definitivamente o problema da sobrevivência humana, e na distribuição da renda, visando o acesso da maioria às riquezas produzidas. Só assim o problema da pobreza se resolveria. E, resolvendo o problema da pobreza, se resolveria também o problema da superpopulação. Ou seja, não haveria mais desequilíbrio entre uma e outra.

PIRÂMIDES ETÁRIAS

PIRÂMIDES ETÁRIAS

A estrutura etária da população é a distribuição dos indivíduos de uma população pelas diferentes idades ou grupos de idades (classes etárias).
O estudo da estrutura etária é de grande importância pois, se existir tendência para o aumento do número de jovens, pode ser necessário construir mais maternidades, escolas e infantários. No caso de a população estar a envelhecer, é provável ter de se construir mais lares para a terceira idade e reforçar o apoio médico.
Quando se estuda a estrutura etária da população tem-se em conta três grandes grupos etários:

· jovens, dos 0 aos 14 anos;
· adultos, dos 15 aos 64 anos;
· idosos, com 65 ou mais anos.

O estudo é feito a partir de uns gráficos chamados pirâmides etárias: gráficos de barras que representam a população por grupos de idade e sexo.

Tipos de pirâmides etárias e características:

Pirâmide Jovem: base larga, devido à elevada natalidade e topo estreito em consequência de uma elevada mortalidade e esperança média de vida reduzida. As pirâmides deste tipo representam populações muito jovens típicas dos países menos desenvolvidos. 
 
Pirâmide envelhecida: base mais estreita do que a classes dos adultos. Reflecte uma diminuição da natalidade e um aumento da esperança média de vida. É características dos países desenvolvidos.
Entre estes dois extremos existem situações intermédias:
Pirâmide adulta: a base é ainda larga mas existe um aumento da classe dos adultos e dos idosos. A taxa de Natalidade está a diminuir e a esperança média de vida a aumentar. 
Pirâmide rejuvenescida: reflecte alguma recuperação das classes etárias dos jovens em virtude do aumento da fecundidade.

quarta-feira, 12 de março de 2014

RESUMO E QUESTÕES DE FUSO HORÁRIO



 RESUMO

Meridianos são todas as semicircunferências traçadas de forma a ligar os dois pólos da Terra. Todos têm o mesmo tamanho e qualquer um pode ser utilizado para se dividir o planeta em duas porções iguais: hemisfério ocidental (a Oeste) e hemisfério oriental (a Leste). Como meridiano de referência (0º), convencionou-se adotar o que passa pelo Observatório Astronômico de Greenwich, em Londres (Inglaterra).

Os demais meridianos são identificados por sua distância, medida em graus, em relação ao meridiano de Greenwich. Essa distância é o que chamamos de longitude e varia de 0o a 180o, tanto para Leste quanto para Oeste.


Como o meridiano de Greenwich é considerado o referencial das longitudes, ele passou a ser considerado o meridiano a partir do qual se determina o horário-base no planeta.


A determinação da hora parte do princípio de que a Terra é uma circunferência perfeita, medindo 360º, e de que a rotação terrestre dura 24 horas. É o tempo necessário para que todos os meridianos passem, num determinado momento, frente ao Sol. Dividindo-se os 360º da Terra pelas 24 horas de duração do movimento de rotação, resultam 15º. Portanto, a cada 15º que a Terra gira, passa-se uma hora.


Cada uma dessas 24 faixas recebe o nome de fuso horário. No interior dessas faixas, por convenção, passou a vigorar um mesmo horário. A leste de Greenwich, as horas aumentam a cada faixa de 15º, variando entre 0 e 12. A oeste de Greenwich, as horas diminuem, em idêntica variação.

 


QUESTÕES

1 - Localizadas a Oeste de Greenwich, duas cidades, “A” e “B”, encontram-se, respectivamente, a 90° e 45°. Numa quarta-feira, um avião saiu de “A” às 14h30min e chegou a “B” depois de 5 horas de viagem. O horário de chegada em “B” foi:


2 -  Uma família embarca em uma viagem às 14:00 horas, do dia 03 de março, de um ponto A (localizado a 30° O) com destino a B (localizado a 45° L). O tempo de voo é de 10 horas. Qual o dia e o horário de chegada da família ao ponto B?

3 - Um empresário necessita realizar duas reuniões, uma em A (45° L) e a outra em B (180°L). Ele embarca de C (60° O) às 13:00 horas do dia 25 de abril. Após 10 horas de viagem, o empresário desembarca em A. O tempo gasto na reunião é de 7 horas e logo em seguida ele já estava no avião com destino a B. Considerando que a viagem de A a B leva 15 horas, responda: 

4 - Um avião em movimento pediu as coordenadas geográficas de uma posição para identificar a rota. O piloto notificado da posição, solicitando o relógio a bordo, verificou que esse marcava 10 horas. O ponto que deveria atingir estava localizado a 75º de Longitude leste desse ponto. O avião gastava 2 horas para atingir o ponto em questão. A que horas chegava o avião no ponto desejado?


HORÁRIO DE VERÃO

      O horário de verão é um sistema de mudança temporária de horários com o adiantamento em uma hora dos relógios. Tal sistema foi criado no século XVIII por Benjamim Franklin, mas primeiramente adotado no início do século XX pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Em 2014, o horário de verão no Brasil foi marcado para o dia 19 de outubro. Em todos os anos a sua adoção ocorre sempre no terceiro domingo do referido mês para aproveitar, mais ao final do ano, o período dos solstícios de verão, em que os dias são maiores do que as noites.

      No mapa a seguir, podemos conferir os estados que adotam o Horário de Verão no Brasil:
Mapa dos estados que adotam o horário de verão
Mapa dos estados que adotam o horário de verão.
          Como já frisamos, uma das justificativas para a adoção do horário de verão é o aproveitamento dos solstícios de verão. Embora o fenômeno que coloca os dias no hemisfério sul maiores do que as noites encontre o seu ápice apenas nos últimos dias do ano, a mudança de horário é adotada para aproveitar essa “luminosidade extra” ao longo do dia, sobretudo no entardecer. Nesse horário, muitas pessoas chegam em casa depois do trabalho e consomem mais energia ao mesmo tempo. Com o horário, elas deixam de ligar as lâmpadas e passam a gastar menos.

        Outra função do horário de verão é a divisão dos picos máximos de consumo, o que proporciona uma menor sobrecarga do sistema de produção e distribuição de eletricidade, exatamente pelo fato de as horas de maior consumo do dia não coincidirem com o horário em que lâmpadas das casas e dos locais públicos estão ativadas. Além disso, no segundo semestre do ano, a produção industrial e, consequentemente, o consumo de energia são maiores em razão da alta comum no comércio de final de ano, o que reverbera em uma maior necessidade de economia e redução dos picos.

         O fenômeno dos solstícios, no entanto, ocorre de maneira mais intensa nas áreas mais distantes da linha do Equador. No caso do Brasil, ocorre de forma mais incisiva em sua porção centro-sul. Isso explica, em partes, porque os estados do Norte e do Nordeste não utilizam o horário de verão, pois a sua zona de luminosidade já é maior o ano todo, de forma que o sol demora naturalmente mais a se pôr, não sendo necessário o adiantamento dos relógios.

      Na região Sul, durante o horário de verão, a economia de energia gira em torno de 7%, algo próximo aos 700 megawatts, enquanto nas regiões centro-oeste e sul, a economia é de 5%, o que totaliza um número de aproximadamente 1.800 megawatts. O final do horário de verão está marcado sempre para o terceiro domingo do mês de fevereiro, exceto quando a data coincidir com a véspera do carnaval, caso em que é remanejado para o domingo seguinte.

Por outro lado, uma porção considerável da população não é favorável à adoção do horário de verão, principalmente em razão da alteração das rotinas diárias, pois as pessoas precisam acordar mais cedo para irem ao trabalho, à escola ou para exercerem suas atividades. Além disso, nas áreas mais pobres das cidades, não há iluminação pública de qualidade, prejudicando ainda mais as pessoas que acordam cedo para sair de casa.

        O horário de verão, porém, é considerado como uma medida internacional de redução do consumo de energia e de preservação do meio ambiente. Dentre outros países que adotam esse sistema, podemos citar:


LINHA INTERNACIONAL DE DATA 


sábado, 22 de fevereiro de 2014

RESUMO: COORDENADAS, ORIENTAÇÃO GEOGRAFICA E ZONAS CLIMÁTICAS.

COORDENADAS:
Coordenadas geográficas são linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhas são os paralelos e meridianos, através deles é possível estabelecer localizações precisas em qualquer ponto do planeta.
Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geográficas:
Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de forma igual, mas de uma maneira metafórica, é o mesmo que cortar uma laranja em duas partes iguais com uma faca.
Paralelos: São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial.
Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do meridiano e a linha do equador.
Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polos norte e sul.
Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich.

 

ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA:
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre acompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por conseqüência, os referenciais para localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e localizar-se variam.
Pode-se localizar tomando por base referenciais como ruas, construções, estradas, rios, etc (situação comum à maioria das pessoas), ou por meio de conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas geográficas - latitude e longitude -, manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola.

Rosa dos ventos

A rosa-dos-ventos é uma figura nos quais estão presentes:
  • Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E);
  • Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE);
  • Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste (ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO);
  • Os intermediários.
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  •  
  • ZONAS CLIMÁTICAS:
  • Sabemos que na terra existem áreas onde faz muito calor e áreas muito frias. por exemplo, nos pólos faz muito frio praticamente o ano todo, já nas regiões próximas a linha do equador, a temperatura em geral é elevada todos os meses do ano.

    Como se explica essa diferença de temperatura entre essas duas regiões?

    Você sabe que o calor que sentimos vem dos raios solares. Nas áreas equatoriais, esses raios alcançam a terra mais diretamente, isto é, a inclinação dos raios solares. Já nas zonas polares, eles são bastantes inclinados. É por isso que próximo do equador a temperatura é elevada e próximo dos pólos é baixa.
    Como resultado do aquecimento maior que ocorre na região equatorial, e do menor aquecimento na região dos pólos, a superfície terrestre foi dividida em zonas climáticas ou zonas térmicas.

    São cinco as zonas climáticas da terra

    Mapa com as zonas climáticas da Terra
    - zona tropical ou inter tropical: esta localizada entre o tropico de câncer e o tropico de capricórnio. É a região mais quente da terra.
    - zona temperada do norte: entre o tropico de câncer e o circulo polar ártico. Como recebem  raio do sol mais inclinados,são menos aquecidas e iluminadas . nessas zonas, é fácil receber a passagem das quatro estações do ano, pois ai cada estação apresenta as características que a diferenciam nitidemente das outras.
    - zona temperada do sul: entre o tropico de capricórnio eo circulo polar antártico.
    - zona polar do sul: abrange  as áreas localizadas dentro do circulo polar antártico.
    - zona polar do norte: abrange as áreas situadas dentro do circulo polar ártico.
    As zonas polares são as regiões mais frias do planeta, essas zonas recebem os raios do sol muito inclinados e, por tanto, muito fracos .por causa disso são muito frias. por esse motivo, ocorrendo nelas e formação de grandes geleiras.
    A maior parte do território brasileiro situa-se na zona tropical. daí por porque o Brasil, em geral, predominam temperaturas elevadas.
    É bom saber. A importância dos trópicos e dos círculos polares, deve se ao fato de eles servir de limites para as chamadas zona da terra.




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

QUESTÃO DA IRLANDA - católicos x protestantes

Questão da Irlanda do norte: Ulster - católicos X protestantes
 
 Histórico:

       Em 1169, a Ilha da Irlanda foi dividida pelos normandos, passando, após alguns anos, à soberania do rei Henrique II da Inglaterra. No século XVI, depois da instalação do protestantismo anglicano na Inglaterra, Londres, derrotou as rebeliões católicas da Irlanda. Os séculos XVII e XVIII conheceram o período de máxima repressão sobre os católicos irlandeses - especialmente após a tomada do poder por Oliver Cromwell (1649) - que desencadeou a expansão do protestantismo, concedendo terra aos ingleses na parte setentrional da ilha da Irlanda.
        Essa política gerou grandes fluxos migratórios de protestantes da Inglaterra e da Escócia para as províncias do Norte da Irlanda, onde os católicos tornaram-se minorias. Em 1800, o Union Act vincula a Irlanda à Grã-Bretanha. Em 1829, era promulgado um
estatuto pouco mais liberal para os católicos. As rivalidades entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte remontam ao século 17. É uma história de confrontos que opõe, de
um lado, a maioria dos irlandeses - protestantes, unionistas, identificados com os interesses do domínio britânico - e, de outro, a minoria - católicos, nacionalistas, que atrelam sua identidade
nacional à resistência religiosa, lutando pelo fim da dominação inglesa sobre o Ulster e a posterior unificação com a vizinha república da Irlanda.
       Durante o século XIX, cresceram as organizações nacionalistas católicas no sul da Ilha, principalmente na cidade de Dublin. Eram as sementes do Exército Republicano Irlandês (IRA), a resistência armada de minoria católica contra as forças britânicas e do seu braço político, o Sinn Fein, que cuida da parte burocrática do grupo.
       No início do século 20, surge o movimento nacionalista que luta pelo fim do domínio britânico sobre a ilha. Esse movimento de resistência levará ao surgimento do Estado Livre da Irlanda ou Eire, em 1922. Mas a Irlanda do Norte ou Ulster continuará fazendo parte
do Reino Unido. Em 1969, o governo britânico ocupou militarmente o Ulster e, em seguida, dissolveu o Parlamento de Belfast, assumindo as funções políticas e administrativas. Em 1972, mais de uma dezena de jovens irlandeses católicos foram mortos no Domingo Sangrento.
Em 1948 a Irlanda torna-se um país


 A FORMAÇÃO DO IRA:
         O nome "Exército Republicano Irlandês" surgiu como uma alternativa para os "Voluntários Irlandeses", que formam o Exército oficial do Estado irlandês e do novo Parlamento, que declarou a Irlanda uma república livre em 1919, desafiando o governo central britânico. A divisão da Irlanda entre um território controlado pelos britânicos (a Irlanda do Norte) e um Estado irlandês semi-autônomo, que ainda deve obediência à Coroa britânica, sob o Tratado de Londres (1921), dividiu o grupo de voluntários e a guerra civil entre  Exército do Estado Livre e os que passaram a ser chamados pelo
governo de "Irregulares" que formariam o IRA.


O acirramento do conflito:
· Em 72 uma passeata católica é reprimida a tiros pelo exército britânico, intensificado-se a violência com a presença do IRA e de grupos protestante extremistas.
· Reino unido: Inglaterra, escócia, país de Gales e Irlanda do norte.
· A Irlanda do sul, católica não integra o reino unido.
· A maioria da população protestante da Irlanda do norte pretende que Ulster permaneça integrado ao reino unido enquanto a minoria católica pretende que Ulster seja anexado a Irlanda EIRE.
· Em 1998 o primeiro ministro inglês Toni Blair e os representantes do Ira (exercito republicando irlandês) grupo terrorista de irlandeses católicos que possui como braço político o Sinn Fein promoveram um acordo de paz, onde o governo trabalhista inglês
determinou o desarmamento do ira, mais autonomia política para o
Ulster e a realização de plebiscito popular.


 O conflito:
       A violência envolve para militares unionistas e terroristas católicos, cujo principal grupo é o IRA (exercito de republicano irlandês), e já chegou a matar mais de3600 pessoas desde o início do conflito.

O acordo de paz dos anos 1990:
         O acordo de paz de sexta feira santa foi assinado pelas partes em conflitos em 10/04/1998 e aprovado em referendo na Irlanda do norte e na republica da Irlanda no mesmo ano.
Os principais pontos desse acordo de paz:
· Constituição de uma assembléia da Irlanda do norte
· Libertação de presos políticos
· Deposição das armas
· Realização de um plebiscito para que as populações das duas Irlandas decidisse o futuro de Ulster.
Após o acordo de paz:
· O governo irlandês: através da assembléia da Irlanda do norte, composta por 108 membros, começou a funcionar em 02/12 de 1998. O governo foi chefiado pelo protestante David trimble. O governo central de Londres ficou responsável pela defesa, política externa, segurança pública, sistema judiciário e arrecadação de impostos.
· O IRA se recusou a entregar as armas conforme cronograma estabelecido no acordo de paz.
· O governo ainda dava muitos privilégios aos cidadãos descendentes de ingleses protestantes.
 

Afiliações Religiosas na Irlanda do Norte 1961-2001
Religiões 1961 1991 2001
Católica Romana 34,9 38,4 40,3
Presbiteriana 29,0 21,4 20,7
Igreja da Irlanda 24,2 17,7 15,3
Outras Religiões 9,3 11,5 9,9
Não Declarou 2,0 7,3 9,0
Nenhuma 0,0 3,8 5,0


2005 O FIM DA LUTA ARMADA:
       O IRA Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica, anunciou no ano de 2005 numa quinta-feira que abandonaria sua "campanha armada" e continuaria o processo de desarmamento, o que deve ajudar a retomada do processo de paz na Irlanda do
Norte. Declarou também que deve prosseguir com sua luta pela unificação da região com a República da Irlanda pela "via política". Com a decisão, o grupo põe fim a mais de 30 anos de
violência, que deixaram ao menos 3.600 mortos. Segundo o comunicado, "a direção do IRA ordenou formalmente o fim de sua campanha armada". "Todas as unidades do IRA devem depor as armas. Os membros do grupo receberam instruções para ajudar no desenvolvimento de programas puramente políticos e democráticos, em termos pacíficos', diz ainda
o anúncio. De acordo com comunicado, a campanha armada terminou oficialmente às 16h (12h de Brasília) 26 de junho de 2005. Apesar do anúncio, o grupo não vai se dissolver. Essa é uma
das demandas dos unionistas protestantes, que defendem a continuidade da união da Irlanda do Norte com o Reino Unido, ao contrário do Sinn Fein, partido político que representa a minoria católica da Irlanda do Norte, e sustenta o IRA como seu braço armado, e deseja a reintegração da região à Irlanda, onde o catolicismo é predominante.
         A organização também pede a seus militantes que mantenham como objetivo a reunificação da Irlanda e o fim da autoridade britânica sobre a Irlanda do Norte, mas unicamente por meios políticos.